Que eu saiba (mas eu sei muito pouco) nenhum animal tortura outro animal e menos ainda um semelhante seu. É certo que se diz que o gato sente prazer e se diverte à grande, a atormentar o rato que acabou de lhe cair nas unhas e que só virá a devorar depois de lhe haver moído bem as carnes numa forma particular de maceração, mas os entendidos nestas matérias (não sei se os entendidos em gatos ou em ratos) afirmam que o felino, como um requintado “gourmet” sempre à procura das cinco estrelas cinco, está simplesmente a melhorar o sabor do manjar por via de um inevitável rompimento da vesícula biliar do roedor. Sendo a natureza tão vária e diversa, tudo é possível. Menos diversa e vária, ao contrário do que geralmente se crê, é a natureza humana. Torturou no passado, tortura hoje e, não tenhamos dúvidas, continuará a torturar por todos os tempos futuros, começando pelos animais, todos eles, estejam domesticados ou não, e terminando na sua própria espécie, com cujas agonias especialmente se deleita.
(não sendo um texto dedicado especificamente aos animais, pareceu-nos muito pertinente este primeiro parágrafo)
1 comentário:
O pormenor do rato, sinceramente n sabia, mas é sem dúvida pertinente.
Bom fim de semana
hugs and kisses from kikos world
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